Tornavoz – Defendendo vozes femininas reprimidas

O Brasil vive um aumento no número de processos e investigações instaurados contra jornalistas que não dispõem de meios financeiros para obter uma defesa jurídica efetiva e especializada. A situação geral da imprensa brasileira está se deteriorando, o que levou os Repórteres sem Fronteiras a rebaixar o Brasil quatro posições em seu ranking de liberdade de imprensa. 

A Abraji – Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo – realizou uma pesquisa que mostrou que 56,76% dos ataques virtuais contra jornalistas no país em 2020 foram direcionados a mulheres. Esses ataques ocorrem principalmente por meio de ameaças, campanhas de intimidação, difamação e até mesmo a publicação de informações pessoais de jornalistas. A pesquisa mostra que embora o jornalismo em geral tenha sido sistematicamente desacreditado no Brasil, as mulheres, especificamente, têm constituído o alvo predileto de ataques com conteúdos machistas. 

Com base nessas constatações, o Tornavoz, em parceria com a SITAWI Finanças do Bem e com o financiamento da Unesco1, através do Global Media Defense Fund (Fundo Global de Defesa da Mídia), lança o projeto “Tornavoz – Defendendo vozes femininas reprimidas”.

O projeto selecionará quatro mulheres jornalistas processadas pelo exercício de suas atividades e ajudará a financiar e definir a estratégia de defesa, selecionando preferencialmente casos em que mulheres são atacadas por serem mulheres. Os pedidos de auxílio podem ser feitos em formulário disponível no site do Tornavoz (https://tornavoz.org/peca-sua-defesa/). 

O projeto visa impactar as causas subjacentes das desigualdades de gênero, operacionalizando uma estrutura através da qual as mulheres se mobilizam para ajudar a fortalecer o papel de outras mulheres em suas várias esferas profissionais. Dessa maneira, as defesas serão conduzidas, preferencialmente, por advogadas.

O objetivo final é garantir uma ótima  defesa  às jornalistas e ajudar a estabelecer um ambiente mais seguro para o trabalho jornalístico.

Espera-se ainda que, no longo prazo, o projeto impacte positivamente a jurisprudência brasileira sobre o direito à liberdade de expressão, fortalecendo as instituições democráticas.

1 O teor desse material informativo é de responsabilidade exclusiva do Tornavoz. Os fatos e opiniões aqui expressados não refletem, necessariamente, as da UNESCO, que, com elas, não se compromete.

 

Tornavoz – Defendendo vozes femininas reprimidas
voltar

O Brasil vive um aumento no número de processos e investigações instaurados contra jornalistas que não dispõem de meios financeiros para obter uma defesa jurídica efetiva e especializada. A situação geral da imprensa brasileira está se deteriorando, o que levou os Repórteres sem Fronteiras a rebaixar o Brasil quatro posições em seu ranking de liberdade de imprensa. 

A Abraji – Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo – realizou uma pesquisa que mostrou que 56,76% dos ataques virtuais contra jornalistas no país em 2020 foram direcionados a mulheres. Esses ataques ocorrem principalmente por meio de ameaças, campanhas de intimidação, difamação e até mesmo a publicação de informações pessoais de jornalistas. A pesquisa mostra que embora o jornalismo em geral tenha sido sistematicamente desacreditado no Brasil, as mulheres, especificamente, têm constituído o alvo predileto de ataques com conteúdos machistas. 

Com base nessas constatações, o Tornavoz, em parceria com a SITAWI Finanças do Bem e com o financiamento da Unesco1, através do Global Media Defense Fund (Fundo Global de Defesa da Mídia), lança o projeto “Tornavoz – Defendendo vozes femininas reprimidas”.

O projeto selecionará quatro mulheres jornalistas processadas pelo exercício de suas atividades e ajudará a financiar e definir a estratégia de defesa, selecionando preferencialmente casos em que mulheres são atacadas por serem mulheres. Os pedidos de auxílio podem ser feitos em formulário disponível no site do Tornavoz (https://tornavoz.org/peca-sua-defesa/). 

O projeto visa impactar as causas subjacentes das desigualdades de gênero, operacionalizando uma estrutura através da qual as mulheres se mobilizam para ajudar a fortalecer o papel de outras mulheres em suas várias esferas profissionais. Dessa maneira, as defesas serão conduzidas, preferencialmente, por advogadas.

O objetivo final é garantir uma ótima  defesa  às jornalistas e ajudar a estabelecer um ambiente mais seguro para o trabalho jornalístico.

Espera-se ainda que, no longo prazo, o projeto impacte positivamente a jurisprudência brasileira sobre o direito à liberdade de expressão, fortalecendo as instituições democráticas.

1 O teor desse material informativo é de responsabilidade exclusiva do Tornavoz. Os fatos e opiniões aqui expressados não refletem, necessariamente, as da UNESCO, que, com elas, não se compromete.